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Mostrando postagens de fevereiro, 2009

Costurando e pirando

Nesses dias de folga, voltei a fazer uma outra atividade: costurar. Ou seria melhor falar: tentar costurar. A máquina ficava lá de olho em mim e eu nem ligava pra ela. De repente deu a louca e eu fui comprar uns pedaços de pano na lojinha. Panos, linhas, agulhas, zíperes, adesivos de borboletinha pra os momentos de: "desejo de fazer arte" e lá vou eu, toda contente... revista de modelagem pra copiar modelos, já que eu não sei cortar tecido sozinha ainda, metida que só ela: - Escolhe aí Laura, escolhe qualquer roupa que a mamãe faz pra ti filha! Laura não se decidiu por nenhum tecido e por nenhum modelo da revista, faltou coragem, talvez???? Ahh, não confia na mamãe é? Quer saber?? Então quem vai sair ganhando sou eu! Vou fazer tudo só pra mim e ainda economizo tecido, porque sou bem menor que tu Laurinha... Olha revista, escolhe modelo, abre a folha quase indecifrável com os moldes no papel, usa a carretilha, copia, recorta papel pro molde, mete a tesoura no tecido, eita

Confete

Acabou! Viva! Gosto muito de carnaval não, sabe?? Na minha cabeça, é tempo de muita confusão, bebedeira, brigas, acidentes nas estradas.. tenho pavor de fim de ano porque é aviso de que carnaval tá chegando... Pelo menos no Brasil! Quer ter uma idéia como é o carnaval aqui na cidade onde moro?? * * * Sem graça?? Certamente, para o folião brasileiro mais afoito, mas eu confesso que eu gosto. Isso aí acontece na Rosenmontag, que é o dia dos desfiles propriamente dito. Em Freiburg não tem nada mais além desse desfile. É bem simples, mas gostoso de assistir. Tem um bem legal em Basel e Lucerna, na Suiça, mas esse ano eu não tive vontade de ir. E tem o de Köln (Colônia), que é bem famoso por aqui, mas eu acho que lá já que é bem famoso, e vai muita gente, rola muita bebedeira, então prefiro não ir. Até porque é bem longe de onde moramos. Carnaval onde moramos é assim, tranquilinho, com muita gente participando e indo assistir. Sem confusão, sem baderna, com os velhinhos que ador

Éramos todos sapatos velhos??

Quando eu tinha 17 anos, tinha saído de um antigo emprego e ficar desempregada já estava me tirando do sério, até porque já estava acumulando algumas dívidas. Até que surgiu um emprego que eu nunca havia pensado em aceitar, mas como tinha que pagar as contas, afinal minha mãe sempre nos ensinou a honrar nosso nome e mantê-lo limpo na praça, topei. O trabalho? Montadora numa fábrica de televisores no Distrito Industrial (Zona Franca de Manaus). Trabalho esse terrivelmente monótono. Eu estava cursando o segundo ano do segundo grau (atual ensino médio),estudando à noite, me preparando para o vestibular. O trabalho começava às 7 horas da manhã, mas como éramos (eu, minha irmã mais nova que eu e uma prima) as primeiras a serem pegas no ponto do ônibus da empresa, precisávamos acordar as 3:30 da manhã! Todo dia. Eu não suportava aquele trabalho, foi o pior que tive na vida e depois de 3 meses pedi demissão. Minha irmã continuou e logo subiu de cargo, ficando lá por muito tempo ainda. E

De menino pra menino

Este texto foi enviado pela Drida , uma querida que acompanha o Menina Feliz . Eu achei tão lindo, que precisava assim como fez a Drida, compartilhar com outras pessoas. O texto é do poeta Fabrício Carpinejar e se chama a "A INFÂNCIA POR PERTO" * * * "Há homens que primeiro olham a bunda; outros caçam os seios e as pernas. Não que eu não olhe, eu olho só depois. A primeira coisa que procuro em uma mulher é a infância. A infância estará nas mãos que seguram as saias, não nas saias. Estará no jeito que coça os olhos, não nos olhos. Estará na forma como penteia os cabelos, não nos cabelos. É um temperamento, o modo como ela recebe as brincadeiras, o humor melancólico que recolhe as pequenas desaparições da bolsa. A beleza de uma mulher está na infância que teve ou não teve. Naquilo que sofreu escondida ou escondeu para não sofrer. Naquilo que deixou passar e não significa que esqueceu. O tempo de uma mulher não é o que está à frente, mas o que não aconteceu

Blogagem Coletiva: O Livro da Minha Vida

Este post faz parte da linda Blogagem Coletiva organizada pela Vanessa, do Fio de Ariadne. * * * Era noite, já meio tarde, tinha cochilado enquanto as minhas duas crianças dormiam na mesma cama que eu. Acordei com uma luz no rosto, surpresa e muito feliz vi que meu filho, então com 7 anos, que não é muito fã de de leitura, lia um livro. Muito mais feliz fiquei, ao constatar que era exatamente o livro da minha vida que ele tinha nas mãos!! E foi feliz que permiti que ele continuasse com a luz acesa, tentanto incomodá-lo o menos possível enquanto eu ficava imaginando em que parte daquele mágico livrinho ele estava... e foi assim que fui me lembrando dos meus 12/13 anos, quando na escola, o prof Paulo Roberto chegou com uma lista de livros que teríamos que ler até o fim do ano. Na lista estavam inclusos entre outros, o livro que marcou a minha adolescência. Foi ali, naquela escola simples de Manaus, com aquele livrinho delicioso, que começou também a minha paixão pela leitu

Mamãe Coruja

- ...Sim, professora e como ele está realmente, como tem se comportado? - Maravilhosamente! Não tenho qualquer queixa, absolutamente ao contrário. Seu filho é muito, muito simpático, educado, gosta de ajudar, sabe se comportar muito bem, ao contrário dos outros meninos da sala. Sabe se portar perante os coleguinhas e professores e conhece suas próprias barreiras, sabe até onde pode ir. Tem comportamento exemplar e isso todos os professores irão dizer. Eu fico impressionada como ele que veio de tão longe, e nasceu num lugar tão diferente daqui, tem se adaptado tão bem e em tão pouco tempo. Acredite em mim, isso não acontece com muitas criancas na idade dele. Ele gosta muito de ajudar, pergunta quando não entende algo, tem muitas amizades, é sempre pontual.. além de ter ótimas notas! Logo ele vai poder mudar pra escola melhor... - Ooohh, eu estou orgulhosa do meu filhinho! - Sim, a senhora deve mesmo ter orgulho dele! Olha, se eu tivesse mais alunos em sala de aula como seu filho,

A sua música

Era essa música que estava nas paradas de sucesso no dia que vim ao mundo... Tudo bem, o pessoal era muito estranho quando nasci... Pow, bem que podia ser Abba com Dancing Queen :( Essa era a música que mais tocava quando João nasceu Não sei não hein, acho que ele não ia curtir não, mas a mamãe dele até gosta da música. E essa era a música que tocava nas paradas americanas quando Laura viu a luz pela primeira vez! Ela também não ia gostar... Legal isso né? Quer saber também qual era a música que mais tocava nas paradas americanas no dia que você nasceu? Clica aqui! Posso pedir um favorzinho? Se você for lá, volta aqui pra contar qual foi a sua música?? Eu gostaria muito de ouvir, tá?

Ainda no escuro

Eu fico pensando no escuro. Eu não enxergo nada. Mas consigo ainda pensar. Acho até que penso melhor no escuro, mas eu tenho medo do escuro. Agora não mais, mas antigamente eu tinha medo da noite. Medo mesmo, via minhas amigas esperarem ansiosamente a noite chegar pra irem do trabalho pra casa ou se fosse fim de semana, pra sair. Mas eu, apesar de também sair à noite e também ir pra casa depois do trabalho, temia a noite. Muito. Ela me dava medo, calafrios. Porque era no escuro da noite que eu via os fantasmas e os bichos papões da minha vida. Eu tinha medo da noite e não sabia o porquê. Não sabia de onde vinha esse medo. Hoje eu sei. Já não tenho mais medo. Isso ficou pra trás, a menina que havia (que há) em mim, cresceu (por dentro). Os medos continuam, mas o medo da noite se foi. Mas não se foram alguns outros... Medos. Receios. Lembrancas. A noite me trazia isso de volta, o medo da noite me trazia o medo de mim. Porque eu não fiz nada contra esse medo? Porque eu me calei quan

Hora escura

Sabe aquela hora do dia que bate uma melancolia que a gente não sabe explicar direito de onde vem? Aquela hora, entre o fim da tarde e o comecinho da noite, que já não tá mais claro o suficiente mas ainda não tá escuro? Aquele horário quando mesmo que a gente acenda as luzes da casa, parece que a luz não ilumina?? Aquele horário que a gente percebe que não entende nada mesmo da vida, que parece que surgiu aquele instante somente pra gente reconhecer que a gente é mesmo um monte de nadinha num mundo gigantesco e cheio de perguntas sem respostas? Sabe aquele instante do dia que a gente lembra que era a hora preferida daquela nossa tia religiosa ler a Bíblia pra gente e explicar detalhadamente a parte mais assustadora do Novo Testamento, o Apocalipse? Aquele horário que a gente para pra lembrar de alguém que morreu há pouco tempo e fica todo mundo reunido na sala conversando sobre a vida que aquela pessoa levou e fica todo mundo ouvindo a si próprio e pensando: "O que eu devo fazer

Mallu Magalhães

Eu sei que o Brasil já deve tá meio de saco cheio, mas não dá pra não se apaixonar por essa menina doce que é a Mallu... Eu e as crianças aqui já fomos fisgados!

Olha a barata!!

A Cris me fez lembrar do meu filho com cerca de 10 meses de vida. * * * Ele ainda não andava, claro, só engatinhava pela casa. Quem conhece o Amazonas sabe que tem bichinhos e bichões a qualquer hora do dia, em qualquer lugar, em qualquer época. Meu filhinho saia pela casa, apressadinho com seus joelhinhos, a descobrir novidades pelo chão. Ia de uma ponta a outra da casa e era tão rápido que dificilmente nós o achávamos. Alguém perguntava: - Cadê o João hein?? E alguém de lá respondia: - Ora, segue a trilha... A tal trilha era de restos mortais dos bichinhos que ele ia comendo pelo caminho. Um cardápio variado, esperava meu filhinho, que ia catando pelo chão os bichinhos, e comendo um por um, pelo caminho, o que sobrava dos bichinhos era deixado pras formigas degustarem... Eu já não sabia o que fazer pra aquilo parar. Colocar uma plaquinha na porta de casa, proibindo a entrada de bichos? Detetizar uma casa no interior do estado do Amazonas?? Como? Com duas crianças pequena

Amigos!

Tenho tão poucos amigos. Eu tenho, deixa ver, um, mais um, e mais um, e ... no total eu tenho 5 amigos. Um é o Dan, as outras são a Juli, a Jose, a Keury e tenho a amiga mais antiga, que conheco há 25 anos, a Simone. E só. Ahh, tenho minhas três irmãs, que são amigas demais, "amigas pra roubar cavalo", como diz um ditado alemão que um amigo dia desses ai, me ensinou. E só. Tenho a Laura. Minha filha é tão minha amiga, tenho o pai dos meus filhos, que apesar de encher a minha paciência às vezes, é amigo sim! E dos grandes... e só. Só? Teve um tempo que eu queria ter muitos amigos como minhas irmãs tinham na adolescência, a casa nunca estava vazia e as amigas iam buscá-las toda sexta feira pra sairem juntas. Eu tinha algumas, mas não tantas quanto elas. Depois desencanei geral, porque vi, que na verdade, quantidade não significa qualidade! A gente tem sempre os mesmos amigos, já notou? É difícil fazer amizades sólidas e verdadeiras quando já se é adulto. Os amigos que

Raiou o dia!

Porque hoje é um dia especial, dia de esperança, dia de luz no fim do túnel, dia de arco íris, dia de sol com cara de riso num desenho infantil, dia de acreditar na vida, na renovação da vida, na renovação da fé, porque hoje é dia de acreditar e de construir, dia de parar tudo pra sorrir. É isso, hoje é dia de riso. Pelo menos por aqui... E por ai? Hoje é dia de que?

Orando

Não sou religiosa, mas creio em Deus. Há muitos anos não coloco os pés numa igreja, mas oro todos os dias e falo com Deus todo o tempo. Acho importante manter a fé, independente de qual ela seja. Mas sem fé, fica difícil levar a vida numa boa. Parece que existem momentos que só a fé nos mantém de pé. Eu acredito que Deus nos sustenta com suas mãos, nos dá ânimo na caminhada, nos surpreende com sua presença... ... Meu filho está com 3 anos e meio. É um pequenino alegre e engraçado. Falante e dançante. Eu tinha acabado de voltar a estudar em Manaus, morando em Itacoatiara, há quase 300 Km de Manaus. Ia toda semana para as aulas, às vezes, ia 1 hora da madrugada e voltava no mesmo dia, meia noite. No último fim de semana, tinha ido com Laura e João a Manaus, passar o fim de semana com minha mãe. A pedido das minhas irmãs, permiti que Laura ficasse na casa da minha mãe, até quarta feira, quando a buscaria num dia de aula na faculdade. Voltamos pra casa, em Ita, João, eu e tia Lila,