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Mostrando postagens de abril, 2012

Aniversário, prazer de cozinhar e uma receita de salada de rúcula com pera

Estava sumida, eu sei... é que esses dias todos eu nem liguei computador. Na verdade, todo o mês de abril foi muito movimentado por aqui. Nas últimas duas semanas viajamos, recebemos amigos por uns dias e  meus sogros em outros. Quando os dias estao assim, nao sobra tempo nem de se cocar. Essa semana foi aniversário do meu marido e fiz um jantarzinho especial. Queria muito fazer algo legal em troca da sempre gentil recepcao que meus sogros fazem quando estamos visitando-os.  Entao juntei minha quase recente paixao pelo cozinha com a vontade de agradar e fiz uns trocinhos bem bacanas, que nem sei se tudo realmente combinava, mas como nao tive tempo de me programar, fiz o que tive vontade e sabia que agradaria aos paladares. Para o jantar de aniversário, fiz deliciosas bruschettas, seguidas de salada de rúcula. Como prato principal fiz lombo de porco ao forno, com chutney de manga e purê de batata, e de sobremesa fiz uma ganache de chocolate amargo e creme de baunilha. Tava tu

Você tem direito a mostrar sua felicidade?

Estava conversando outro dia com a Rose , falávamos sobre pessoas, sobre  os medos, os sentimentos de alguns, a inveja que existe ou nao, a beleza das coisas, o direito que todos temos de sermos felizes e rodeados por coisas belas... Teve um tempo que eu achava que nao deveria mostrar minha felicidade, sabe? Isso muito antigamente... eu pensava que a minha felicidade faria mal àqueles que nao se sentiam felizes. Lembro também de quando vim pra cá e meu marido, em frente aos amigos, era distante e frio comigo. Eu já estava ficando chateada com aquilo e perguntei a razao. Ele disse que tinha medo de magoá-los com sua felicidade de estar tao bem casado, enquanto todos seus amigos eram solteiros. Bom que eu já tinha passado dessa fase de me esconder, me fazendo de infeliz em frente aos outros. Disse a ele que agindo assim, ele daria má impressao aos amigos e que ainda de quebra, me fazia ficar triste. Depois de nossa conversa, ele mudou completamente seu jeito perante os amigos e foi

Brincadeira com a família na hora do jantar

Já tem algumas semanas que ando fazendo umas "brincadeirinhas" na hora do jantar. É nessa hora que estamos todos juntos e só por isso faco nesse horário. No início todo mundo ficou meio desconfiado e achava meio bobo, mas logo depois da primeira, ficaram todos sorrindo e querendo mais. Mas só acontece uma vez e escolho outro dia aleatoriamente pra fazer outra rodada. A brincadeira consiste em algo rápido, que nao custa o tempo de ninguém e que resulta sempre em algo muito bom pra harmonia em casa. Pode parecer bobo, mas tem causado efeitos bem legais aqui. Cada um por vez conta em poucas palavras o que gosta no outro . Só isso e nada mais que isso. Sem porques ou explicacoes. Sem críticas, sem conclusoes, sem razoes, sem nada,  sem "ses", sem "sempres" ou "nuncas".  Por exemplo. Eu comeco. Eu gosto no meu marido isso. Na minha filha isso. No meu filho aquilo. Meu filho continua: eu gosto na mamae isso, na minha irma aquilo e no meu pad

Seja mais delicada com as pessoas

Ontem conversando com uma amiga ela falou uma coisa interessante. Seu marido é europeu e ela brasileira. Ela dizia que o marido nao gosta quando ela fala de forma ríspida. Ela também se sente muito mal quando age assim. Entao eu pedi, quase que pelo amor de Deus, que ela se policie com relacao a isso. Porque pedi isso? Ah, porque é muito chato as pessoas ficarem falando com as outras, e principalmente com aqueles que se ama, de forma grosseira, nao é mesmo? Fato é que nós brasileiros, somos muito mais temperamentais que os europeus, às vezes, nem estamos na verdade, sendo grosseiros porque queremos, é só uma questao de hábito. Mas que pega muito mal falar de forma grosseira, ahh isso pega,vai. Acho que ser mais delicado no modo como se fala faz parte das boas relacoes. Sei que definitivamente, nao é fácil. Principalmente quando se está casada e as rotinas do dia a dia e todo o estresse acabam com a gente. Nao é nada fácil acordar e ir dormir todo dia tendo ao lado a mesma pe

A páscoa era mais bonita quando éramos meninos?

Ontem, sexta-feira santa, comemos carne, tomei um copo de cerveja, meu marido colocou música pra tocar, recebemos amigos. Fiquei me sentindo meio mal depois, já na hora de dormir.  De manha tinha visto um desenho animado com a história de Jesus e  lembrei como eram tristes nossas sextas-feiras santas na casa da minha mae. Acordávamos de manha e nao tínhamos que ir pra aula. Lá em casa sempre estudamos de manha e era sempre um sacrifício acordar tao cedo. Ao vermos a mamae ela falava toda séria na hora de pedirmos a bencao da manha: pra pedir a bencao da mamae hoje tem que ficar de joelhos! Era tao estranho aquilo! E tinha que repetir a pedicao de bencao de joelhos pra todas as tias que surgiam lá em casa e pra vovó também, claro, principalemente pra vovó! Mamae levava muito a sério esse dia santo e triste. Nao podíamos ver tv, nem colocar música. Se fôssemos brincar na rua tinha que ser com o máximo de silêncio! E a coisa muito, muito boa das sextas-feiras santas era que e

Viver é um presente

Lembro de uma tia. Certa vez eu a ouvi dizer a uma outra tia que achava lindo algo em mim. Ela ia na minha casinha  e sempre via, em algum lugar, um presente que havia me dado. Essa tia era uma das pessoas que me ajudavam nos momentos financeiramente difíceis pelos quais já passei. Eram presentes usados, utilidades domésticas, por exemplo. E eu guardava tudo. Recebia de bom grado o agrado recebido. Meus filhos ganhavam muitos presentinhos, às vezes, eles já tinham um igual. Mesmo assim eu guardava, afinal, eram presentes, alguém parou num momento do seu dia pra comprar algo para meus meninos. Porque eu iria desprezar aquilo?  De forma inversa, lembro também da minha ex sogra. Ao encontrar um presente esquecido pela filha na casa dela. Ela dizia que a filha quase nunca levava o que acabara de ganhar, quer fosse presente pra ela ou para as suas criancas. Ela juntava num canto os presentes esquecidos e dizia num tom triste escondido num tom de brincadeira: aaahh imagina, ela tem tant