Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de outubro, 2012

Na África, como no Brasil

Uma das coisas que mais me emocionava nessa incrível viagem  a Zanzibar , era que ela me matava um pouco a saudade que de vez em quando, sinto do Brasil. Nao sei se quem mora no Brasil, teria a mesma alegria ao ir a África, mas quem já mora há algum tempo na europa ou num outro lugar frio sente menos ou mais, saudade de ver o verde que a gente tem por lá.  Foi muito legal pra mim caminhar pelas ruas desse país africano, olhar pela janela do carro ou mesmo caminhar pelo hotel e ver todas aquelas plantas lindas, coloridas que temos no Brasil. Tudo é tao, mas tao igualzinho, que havia momentos que se me concentrasse poderia ouvir português,  mesmo nao tendo visto um brasileiro sequer nessa viagem, coisa que nunca aconteceu antes! (a gente está por toda a parte, cara!) Era quase mágico ver aquilo tudo de novo e sabendo que nao estava no Brasil. E cada planta, cada uma delas, me trazia recordacoes. Cada uma com sua história. Essa flor aqui embaixo, por exemplo, lembro de ter

Do vício de se fazer de coitadinho

A pessoa cresceu contigo. Foi a mesma escola, teve os mesmos amigos,  a vida financeira dela era parecida com a tua, ou seja, vocês nunca foram ricos, mas também nao eram paupérrimos, as notas na escola eram próximas, vocês até resolveram fazer a mesma faculdade. Mas aí, você viu que aquela cidade tava pequena pra você. Você queria algo mais, queria ir pra um lugar mais quente, mais frio, perto da praia, no meio de um arranha-céu, nao importa. E você foi mesmo! Você resolveu encarar o novo de cabeca erguida, teve medo sim, mas arriscou,  deixou teus pais lá na cidadezinha e foi. Juntou algumas coisas numas caixas e se mandou. Você é um bom filho, visita seus pais sempre que pode, liga nas datas importantes, e todo aniversário e natal você vai lá dar o ar da sua graca. Na nova cidade, você conseguiu um bom emprego, alugou uma boa casinha, comprou um carrinho bacana, formou familia, tá feliz. A única coisa chata é que você nao tá vendo teus pais com a frequência com que gostaria e eles

Das coisas que realmente me interessam

Às vezes, melhor dizendo, muitas vezes, eu tenho a impressao de que nao sou normal... Eu nao me interesso por questoes práticas do cotidiano, nao quero saber de notícias, nao quero ser super informada com o que está acontecendo com a política do país, nem estou preocupadíssima diretamente com as previsoes terríveis sobre aquecimento global, nem quais sao as matérias que meus filhos tem na escola. O que me interessa sao as coisas simples da vida. Me interesso pelas coisas bonitas que vejo, que já vi e que quero ver, me interesso por lojinhas bonitas de flores, e aquelas de papéis delicados, por ruas arborizadas, por criancas. Eu procuro os olhares delas onde quer que eu esteja e até hoje me sinto mal num ambiente que só haja adultos. O que me interessa é mesa cheia de amigos ou filhos, comendo o que acabei de cozinhar, sem me preocupar em me exibir com meus recém adquiridos "dotes culinários" mas pelo simples prazer de ver pessoas queridas saboreando algo que fiz com amo

Como você gostaria que seu filho lembrasse de você?

Imagine o mundo daqui uns vinte, trinta, quarenta anos.  Imagine você mais velha, ou quem sabe, nao mais aqui... é você quem decide. Imagine que tem filhos, se nao tiver ainda, imagine. Se tiver, imagine agora seu filho mais velho. Imagine-o agora falando calmamente sobre você pra alguém ou simplesmente pensando ou escrevendo sobre a mae dele.  O que você gostaria que ele falasse sobre você? Como você gostaria de ver seu filho lembrando de você? Isso é um convite: Que tal pensar sobre isso e escrever um texto sobre esse pensamento bonito e maluco? Pense.  Escreva com seu coracao.  Post no seu blog ou me envie o texto, eu o coloco aqui se você nao tiver blog e quiser fazer parte disso.    Nao esqueca de escrever como VOCÊ gostaria que ele lembrasse de você e nao como as coisas estao hoje, nao como você acha que ele vai lembrar, mas como você gostaria que as coisas fossem no futuro, na cabeca, na alma e no coracao de seu filho quando ele pensasse no passad

Muffins de pera e gengibre, da Nigella

Já fiz estes muffins quatro vezes aqui em casa, além de nunca ter dado errado- você sabe como alguns cupcakes ficam duros, sem graca e sem gosto - todo mundo gosta! Fiz esses há poucas horas, fotografei há tempo.... só estou vendo um único que sobrou pra contar a história :-( Anota a receitinha aí, da maravilhosa Nigella no seu livro: Nigella Express: 250 g de farinha de trigo 2 colheres de chá de fermento em pó 150g de acucar 75g de acucar mascavo 1 colher de chá de gengibre em pó 150g nata (a receita pede saure Sahne, mas eu nao sei exatamente  o que é isso em português, tio google me disse que é nata...) 125 ml de óleo 1 colher de sopa de mel 2 ovos 1 pera grande, descascada e cortada em  cubinhos Pré aqueca o forno em 200° C e prepare as forminhas de papel na forma de muffins.  Misture numa vasilha a farinha, o fermento, os dois tipos de acucar e o gengibre. Reserve. Numa outra vasilha, misture bem com uma colher grande, a nata, o óleo, o mel e os o

Hakuna matata

Karibu sana Zanzibar!  Seja muito bem vindo a Zanzibar! Pois é, foi pra este pedacinho paradisíaco ao leste da África, pertinho da Tanzânia, que fomos de férias. Como você pode ver nas fotos, todos os problemas tinham obrigatoriamente que ficar pra trás. Afinal, como se sentir chateada vendo um mar desses? Um céu que nunca obtinha cor triste... Com uma mistura incrível de tons Um mar de tonalidades tao lindas que a gente chega a se emocionar com tanta beleza.   Um mar sempre muito calmo e sereno, que pode também tomar forca mas que ainda assim, nao perde sua calmaria.  Foi além da cor mais bonita, a água mais morna que já entrei num mar em toda a vida! Zanzibar nao é somente nome de barzinho no Brasil, é um arquipélago lindo, fantástico, com um povo muito simpático. Cheio sim, de problemas sociais, como boa parte da África, mas um roteiro maravilhoso pra quem dese

Do aviao, sobrevoando parte da África

Da minha janelinha, levemente embacada e esquecida de ser limpa, marcada que estava com testas impressionadas com o visual lá embaixo, vejo terra seca, nenhum rio, só  a marca dele cravada na terra árida pelo longo caminho, nao vejo árvore alguma, nao há verde! Casas minúsculas brancas ou sem uma cor definida no meio do nada. O mar está às vezes longe, às vezes perto, mas o que importa? Ele nao pode matar a sede da terra seca e árida daquele povo. Me dá uma tristeza que nao sei definir qual tamanho tem, em saber que estou sobrevoando algo muito pobre e culpa por estar indo para um oásis no meio do deserto negro, permitido a tao poucos. E lá embaixo essa secura impressionante e ardida, enquanto eu, índia, com água amazônica e caudalosa como que correndo nas veias e na memória, sinto-me seca interiormente. Neste aviao, a mulher da poltrona à minha frente tem as maos completamente pintadas de henna, o homem na poltrona de trás, ronca alto durante todo o voo de quase 5 horas

As confusoes em Mascate, Omã

Chegamos em Mascate, capital de Omã. Marido estava bem curioso, era sua primeira vez (mesmo que pra passar só algumas poucas horas) num país realmente árabe. E eu estava loucaa pra chegar ao nosso destino, num país da África. Eu também nunca estive na África. Quer dizer,  já estivemos no Egito . Eu sei, sei, Egito fica na África, mas eu acho o Egito tao árabe. Entao, na minha cabeca, Egito nao conta! Seria entao  minha segunda vez na Arábia e a minha primeira na África, ai que emocao.  Mas antes da África, tinha essa cidade no meio do caminho, tinha essa cidade , Mascate.  Depois de sermos enviados por funcionários igualmente perdidos de  lá  pra cá atrás do visto (sim, para um pernoite na cidade precisa-se de visto), entrar e sair da fila de raio x umas 3 vezes no mínimo (incrível como tem tantas dessas esteiras de raio x ali, mesmo quando se chega no aeroporto!) e ficarmos em  filas enormes e cheias de indianos, saímos finalmente do saguao do aeroporto. Uma multidao esperava am

Uma viagem muito louca

Quando ainda morava no Brasil tínhamos um amigo alemao que dizia se irritar quando as pessoas ao entrar num trem, logo abriam seus livros pra ler. Ele dizia que preferia olhar pela janela do trem e apenas, observar e pensar na vida. Lá fora e lá dentro. Foi assim que eu fiz essa nossa viagem de férias. Fiquei observando. Nao tinha vontade de ler, havia muita riqueza viva e pulsante me chamando do lado de fora de mim mesma. Depois de tantas inquietacoes na ida, afinal, eu merecia curtir o voo para um pedacinho paradisíaco da África. Inquietacoes na ida? Sim, deixa eu te contar... Marido resolveu que iríamos de trem. O voo sairia de Munique. Quase umas 5 horas de distância de onde moramos. Na metade do caminho o trem parou. Ficamos alguns minutos sem saber o que estava acontecendo mas logo depois fomos informados a razao que infelizmente de vez em quando, faz com que os passageiros dos trens cheguem atrasados aos seus destinos: alguém resolveu se suicidar em alguma das linhas a nos

"Eu sou feliz em casa..."

... apesar das agruras em ser dona de casa. Hoje estou na Raquel. Querendo prestigiar, clique na imagem acima e deixe sua opiniao. ps. voltamos das férias, logo logo volto pra contar como foi, tá? Beijos!!

Donas de Casa Anônimas

A Renata Marques, editora do ótimo site Donas de Casa Anônimas me pediu pra escrever um texto em homenagem ao dia da dona de casa que se comemora no fim do mês de outubro (me recuso a lembrar que é no dia 31, ou seja no dia das bruxas!). Contei um pouquinho da própria vida. Passa lá pra prestigiar. *** ps. continuamos de férias!

De férias!

To dando uma fugidinha do frio que já comeca por aqui...  Nos vemos na volta, combinado?! Beijinhos