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Mostrando postagens de janeiro, 2013

Você usou meias dancing days?

Caraca, minha mae saia de tamancao, bolsinha de mao e vestidao longo, vermelho e LUREX!  Minha mae era um luxo! E quando ela saia pra gandaia, as filhotas santinhas dela, iam pro quarto, colocavam os sapatos altos, as bijoux e os pós de arroz (cruzes coisa velha!) da mae e iam imaginar que estavam na discoteca. E as meinhas? Aaaaaaaiiiiii Nem sei se as meias tinham um nome especial, mas eu lembro disso aí desse jetinho mesmo. Minha mae já nao encarava as meinhas nao, eu acho (noooossa, a minha mae era a maior gata! lembrava a própria Sonia Braga, na novela)  mas a gente, meninas de 6, 7 e 8 anos - lá em casa é uma escadinha -  usava as meinhas listradinhas e brilhosas com melissinhas. Adorava aquilo! E o cheiro inconfundível das melissinhas? Ai como era bom quando a gente ganhava da mamae e ao abrir as caixinhas, vinha aquela sandália de borracha transparente,  macia e tao cheirosa, aaahhhhhhh... A única coisa chata das melissinhas era que elas agarravam toda

Eu queria

Queria dancar com você hoje. Queria que você fosse como eu, mais apaixonado. Queria que você chorasse como eu choro quando ouco uma música ou vejo um filme ou leio um livro. Ou quando vejo uma paisagem estonteante. Queria que você ainda escrevesse cartas apaixonadas, que gostasse de dancar música lenta. Lembra do anos 80, quando as pessoas esperavam ansiosamente a música lenta tocar? Pois é. Queria que você me desse uma rosa, e um chocolate amargo, que você sempre pensasse no meu regime. Queria que a gente saisse de carro, de capota aberta, e flores em forma de buquê no banco de trás. Ou quem sabe, sair de Vespa pela cidade com um lenco no pescoco e óculos de gatinho. E você seria o gatinho. Queria que a gente atravessasse a estrada, passasse pela ponte, que jogássemos moedas na fonte e que fizéssemos desejos de continuarmos apaixonados. E passássemos pela orla do mar. Queria que você fosse mais sensível e mais leve, assim, como é leve olhar o mar. Que entendesse que somos ainda dois

Você foi abusado sexualmente na infância?

Sei que o título é assustador, mas tem um bom propósito. Um dos meus projetos futuros, é escrever um livro. Quero dizer, nao somente um.  Mas um deles, eu gostaria de explorar um pouco desse tema tao chocante, o abuso sexual infantil.  Para isso preciso juntar alguns dados.  Você quer  me contar um pouco da sua história, ou da história de alguém que você conhece e que passou por isso? Nao precisa escrever aqui nos comentários. Nem mesmo se identificar, se assim preferir. Me envie um email, por favor,  para   cronicasdeumameninafeliz@gmail.com Muito obrigada por colaborar.

Hungry For Change - Um vídeo que pode mudar sua vida!

Se você tá a fim de ver algo muito interessante, tente encontrar esse vídeo em algum site em que possa assisti-lo na íntegra e legendado.  Vai por mim, é MUITO BOM!

Quando eu tinha 16

Hoje meu filho completa 16 anos e eu fico pensando se algum dia ele vai ser adulto, responsável e consciente de seu futuro e de sua vida. Acordei pensando nisso, nos meus 16 anos e descobri perplexa usando de muita verdade comigo mesma, que eu nao era assim, taaaao diferente dele como eu gosto de dizer. Os meus 16 anos foram muito importantes pra mim. Foi o ano que comecei a levar a escola realmente a sério. Nao que nao o fizesse antes, mas agora, já era o 1° ano do 2° grau (nem sei como se diz isso hoje em dia) numa nova escola e pela primeira vez, particular! Tinha por obrigacao ser uma boa aluna, já que minha mae passou um dia inteirinho numa fila debaixo de chuva, pra conseguir uma bolsa que me garantiria passar os três anos seguintes nessa escola pagando só a metade da mensalidade. Ela sabia que minha irma e eu queríamos fazer vestibular e aquela escola era o melhor caminho pra nós. O Colégio Objetivo era famoso por ter os alunos mais bagunceiros da cidade, mas também era fam

Gonzaga e Gonzaguinha me emocionaram...

Já fazia um tempo que queria assistir o filme Gonzaga de pai pra filho , entao ontem a Georgia me enviou um link e vi. E chorei um bocado. O filme me emocionou desde o comeco. Me vi eu mesma e um bocado de gente que fez ou faz parte da minha vida, nesse bonito filme.  Chorei quando o Gonzaga rapazinho se descobriu pobre e mulato e viu que isso seria um empecilho pra ter seu grande amor, quando o filme mostra as cenas de pobreza e trabalho duro na labuta diária do povo nordestino, mas também das mesmas cenas mostrarem um bocado de amor no sertao de Pernambuco, quando Gonzaga deixa sua cidade por ameaca de um coronel preconceituoso, quando seu pai vai visitá-lo no quartel, quando esse pai tao bom que Gonzaga teve, se mostrava tao amoroso mesmo sendo aos olhos dos outros, bruto e nao letrado, quando esse mesmo pai sentia as dores do filho quando a mae tinha que se mostrar dura. Pelo filho muito amado que ele foi. Chorava quando via as cores de pele queimada de sol de sua mae e de s

Ainda no aquecimento

E os dias se passaram rápido. O natal passou correndo, nada frio, como de costume. Na cidade em que moramos, fez 19 graus (!!!) numa época do ano que costuma fazer alguma coisa com algum grau negativo. Mas como também de costume, passamos o natal na casa dos meus sogros, com dez graus a menos que a cidade onde vivo, com comida, muita comida e tranquilidade. Gracas a Deus. E o ano comecou e eu nem sei se entrei nele mesmo. Parece que estou adormecida. Nao estou no novo ano nem no velho. Me encontro num patamar entre esses dois mundos. Nao me sinto nem lá nem cá. É estranha a sensacao. É como se na verdade,eu estivesse do alto olhando tudo, mas nao sentindo nada, só olhando mesmo. Pairando. Nada me dói, mas também, nada me alegra. Mas alguma coisa me comove. Alguma coisa que está nas entrelinhas... e que eu ainda nao entendi a razao de estar ali, me olhando, me observando, me esperando finalmente entrar no ano novo.  Nao fui pra academia, nao tentei cumprir metas de novo ano, nao pi