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Mostrando postagens de agosto, 2013

Ajude a fila do mercadinho ser mais rápida, camarada

Cheguei há pouco do supermercado. Ele é grande, tem precos ótimos, ofertas muito boas, variedades maravilhosas e o que mais me agrada: as filas sao bem rápidas. Aliás, fila nao é problema nos supermercados daqui:  nunca espero mais que 7 minutos, já contei no relógio! Entao lembrei das filas que tive que encarar nessa viagem ao Brasil (em uma, tive que esperar impressionantes 45 minutos! Meu Deus, parece que certas coisas só acontecem comigo!) e essa lembranca me faz pensar num fato interessante: o alemao nao gosta de servir, nao acha que nasceu pra isso, e o brasileiro adora ser servido. Ninguém pode negar que esse nosso jeitinho vem dos tempos em que éramos colônia de Portugal. Até hoje temos empregadas (que já estao quase em extincao, eu sei, mas veja, existem as diaristas!), tratamos muitas situacoes como sendo normais quando a maioria dos europeus acham obsoletas e até  constrangedoras: as próprias diaristas, babás vestidinhas de branco, garcom servindo a cerveja no copo em

Manaus, minha querida...

E para provar que nao vejo só o lado negativo do Brasil, trago hoje ao blog, minha cidade natal: Manaus. E nao vou falar mal dela nao, tá? Prometo :-) À propósito, quero pedir desculpas às pessoas que sao apaixonadas pelo Brasil e que ficaram chateadas com minha penúltima postagem , nao queria ser rude. Sei que machuquei seu coracaozinho... desculpa tá?  E vamos parar de brigar e curtir Manaus... Dessa vez tentei ver Manaus com outros olhos. Manaus nao é a cidade mais bela, nem organizada que há e está muito longe disso, mas é bonita, segura, lá eu ando tranquilamente, nao tenho medo de nada, é verde até onde consegue ser uma cidade brasileira que infelizmente nao dá muita importância às áreas verdes para a populacao, "oops, Nina Rosa olha a boca, nao fala mal do país!" Manaus tem prédios lindos e bem antigos, alguns belamente conservados, outros nem tanto, quem mandou também pertencer a um país que nao dá valor ao patrimôncio histórico? "

O garotinho mulcumano

Era um menininho sério. Com um jeito que não condizia com o que ele é: uma crianca. Diria que ele tem no máximo uns 9 anos. Pequeno, de intensos olhos verdes e rosto muito marcado por cicatrizes finas. Começou a conversar comigo enquanto esperávamos o ônibus. Tentava com seu sotaque forte da Sérbia me explicar num alemão quase perfeito, porque o prédio perto da estacão estava em reforma - "É que a cidade colocou os sem teto que moravam aí pra um outro lado da cidade,estão refomando porque tá tudo podre."  -  Ah, eles eram sem teto e moravam nesse prédio tao bonito? Que coisa boa! falei  e ele todo cheio de si, ficava me dizendo coisas sobre ser pobre. Perguntei se ele era pobre, o que ele logo retrucou: " - Nao, pobres são aqueles que moram perto da minha casa. Às vezes tem brigas entre as famílias mulcumanas e as cristãs. Você é mulcumana?" me perguntou o menininho. - Não, disse eu, - sou cristã! Ele baixou a cabeça desapontado. Eu falei que era muito chato qu

O Brasil é um estresse!

Há uma semana estou tranquila, feliz, de papo pro ar, respirando compassadamente, sem dor de barriga... Sei que há brasileiros que se ofendem com isso, sabe? Mas repito: nao sinto falta do Brasil! Fiquei seis semanas no país. Três delas na minha terra natal, com minha família.  Foram meus melhores dias. Dias cheios da alegria amorosa de estar com minha mae, irmaos e sobrinhos. Mas as semanas se passaram de forma estressada, me causando constantes dores de barriga, enjoos e mal estar. Pensei estar gravemente doente, "meu Deus, o que tenho no estômago?" Até exame pra saber se estava grávida eu fiz. Nao estava grávida, estava simplesmente, estressada, cansada, quase estafando.  Estar no Brasil e ver e ouvir aquilo tudo, foi demais pra mim. Os brasileiros em sua grande maioria, nao entendem o estresse sobre o qual falo. Já notei isso e já desisti de tentar explicar a eles que sei exatamente do que estou falando: o Brasil é um país complicado demais! Capaz de pirar qua

Em casa, finalmente!

Estamos de volta a nossa casa há quatro dias. No dia seguinte a nossa chegada, acordei com o toque do telefone. Xinguei: isso lá sao horas de ligar pra casa dos outros, poxa? Quem é que quer me acordar de madrugada? Levei um susto quando vi que já eram 11:45! Ainda sob o efeito do insuportável jetleg que até hoje nao me deixou em paz, levantei. Era minha sogra me parabenizando pelos 42 anos. Pois é. Mais um ano. Olha, é meu aniversário! Mais um motivo pra me animar. Me vesti e saí com Pedrinho pra revermos nossa cidadezinha do coracao. Já estava com muitaaaaa saudadeee. Peguei molequinho,  o coloquei no seu carrinho. Todo feliz ele também, vestidinho com um chinelinho, bermuda e camiseta de verao ilustrada com aquele que ele andou apaixonado nos últimos dias, o Cristo Redentor - "olha o Cristo, o Cristo, olha o Cristo, mae!" dizia ele encantadíssimo sempre que avistava o monumento em cada fresta entre prédios e árvores pela cidade movimentada... É, estávamos no Brasil de

Em breve

Nao morra de saudade, meu bem... eu volto ;-)