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Mostrando postagens de setembro, 2013

Um tema um tanto podre

Havia acabado de mudar para a cidadezinha no Amazonas que moraria ainda por oito anos. Tínhamos alugado uma casinha boa, as criancas ainda eram bem pequenas e eu tinha largado mais uma vez a faculdade pra cuidar melhor das minhas duas amadas crias. Tinha uma moca que me ajudava em casa e eu vivia passeando de bicicleta pela cidade com meus meninos nas cadeirinhas próprias para bicicleta. Levava uma vidinha boa. Mas já fazia dias que eu sentia uma dores fortes na barriga. Na terceira noite de dor, nao aguentei. Dei um jeito de chamar a moca pra ficar em casa com meus meninos enquanto eu ia ao pronto socorro. Marido estava em mais uma de suas viagens a trabalho e eu já nao estava mais aguentando as dores,que pioraram muito. Doía toda a barriga e como sou desesperada por natureza, já estava pensando até em preparar meu testamento que nao teria nada de excepcional além de uma alianca de ouro branco com esmeralda que minha sogra me deu ao "casar" e um brinco de ouro que a tia

O grande barato em economizar

Nao sou gastadeira demais, ou pelo menos, pensava nao ser. De fato, nao sou aquela pessoa que sai desvairada entrando em toda loja de portas abertas que encontra. E nao fico me martirizando por achar que tenho pouca roupa no armário, só vou a salao de beleza quatro vezes ao ano, nao sou de comprar excesso de maquiagem, nao sou louca por sapatos e bolsas, nao mudo a decoracao da casa a cada mês e resolvi sair da academia que era um gasto absurdo e para onde eu ia pouquíssimas vezes ao ano. Meus maiores gastos sao com a alimentacao. Por conta de ter uma família grande - somos cinco em casa.  Desde que chegamos das férias estamos economizando bastante e tive que conter gastos extras. Entao decidi entrar de cabeca na economia. Lembra que falei outro dia do mendigo ? Sabe porque aquilo mexeu tanto comigo? Porque alguns dias antes de encontrar aquelas pessoas na rua, eu estava toda feliz, pulando de alegria, ao notar que tá até sobrando dinheiro na carteira. Antes, nao sobrava n

Receita de tomates com azeitona

Estive toda esta semana gripada, mas nem isso me tira a paixao em provar receitas novas. Como comprei um novo item do meu único hobby - livros de culinária - que estava paquerando há tempos na livraria, fiz algumas receitas. Todas aprovadíssimas!  Aqui o ótimo, lindo e saboroso livro de receitas italianas à la Nigella! Até agora devo ter feito umas cinco receitas. Todas muito boas. Hoje trouxe pra ti uma delicinha de acompanhamento, super facinha de fazer e muito saborosa: Tomates cereja com azeitonas Você vai precisar de: 3 colheres de óleo de alho  2 colheres de chá de alecrim fresco, picadinhas 500 g de tomates cereja cortados ao meio 60 ml de martini (se nao quiser, use outra coisa ou nada!) 75 g de azeitonas pretas, sem o caroco, beleza? 3 colheres de sopa de salsinha picadinha sal e pimenta do reino à gosto Modo de fazer: Esquente numa boa frigideira, o óleo de alho e o alecrim (dei a receita aqui de como fazer o óleo de alho , mas se você nao

A péssima qualidade vendida no Brasil

Ainda estou disposta a falar mal do Brasil. Nao esquenta, logo logo isso passa. Mas hoje quero desabafar mais uma vez... Comprei uma camiseta de malha num shopping, nao foi nada barata. Nela há umas ilustracoes. Na primeira lavagem, a camiseta manchou completamente e com a própria tinta que foi impressa nela. E nao sai de jeito nenhum, já fiz três lavagens, já tentei tudo o que posso e nada.  Tenho um vestido que comprei na minha penúltima viagem ao país, e que o zíper nao fecha! Fiquei pensando que é porque devo estar gorda, mas nao é, quando eu pego o vestido nas maos e  tento fechar a droga do zíper o problema persiste.  Duas outras blusas que comprei nessa última viagem, numa loja cara, que estava obviamente em promocao: a de renda, na primeira lavagem alargou, tá ridícula! E a outra, está puxando linha.  TODAS as camisestas de malha que meu marido comprou no Brasil, encolheram. Um dos sapatos que comprei também numa boa loja, nao aguento mais tentar usar,

Esmola. Dar ou nao?

Nos últimos anos tem aumentado o número de pedintes na cidade em que vivo. Há obviamente e isso nao é novo, artistas tocando instrumentos, personagens fantasiados parados feito estátuas, ou mostrando uma ou outra invencao qualquer, deixando seu chapeuzinho no chao pra arrecadar uns trocados. Mas hoje em dia há também pessoas que se sentam no chao e sem fazer nada, ficam lá pedindo ajuda.  Confesso que nunca, em tempo algum, soube lidar com mendigos. Nunca sei se devo dar esmola (detesto essa palavra!) ou nao. Tenho receio de alimentar esse vício nas pessoas e ao mesmo tempo, estou constantemente pensando, Meu Deus, deve ser constrangedor para muitas delas, precisar passar por essa situacao. Ontem mesmo, andando por uma rua do centro, passei por um moca com lenco na cabeca, sentada no chao. Ela me olhou com uma carinha tao doce. Trocamos um sorriso e passei direto. Andei uns cem metros, me sentindo angustiada. Tinha muito pouco dinheiro na bolsa, porque estou determinada  a 

A TV brasileira vista por uma inglesa

Após ler algumas das minhas postagens, minha amiga Ellen me enviou este vídeo. Por favor, se ainda nao conhece, arrume um tempinho pra assistir... É um pouco longo. Acho todo muito triste. E eu chorei do início ao fim.

Quando eu desejei ter 1,70

Sempre fui pequena. Era a menorzinha das irmas. E entre as primas também. Mas nada me irritava mais do que ver pessoas que eram tao baixinhas como eu, zombando de mim. Como alguns podem ser tao ousados? Nas escolas, antigamente, havia durante o ano, exames biométricos. Lembro de um dia que na minha escola primária, que ficava dentro de um quartel (meu padrasto era subtenente e morávamos numa vila miliar) fomos atendidos por um médico. Ficávamos, aquele monte de criancas, esperando ansiosas na fila, debaixo de um sol escaldante até a hora de entrar pra sermos consultadas. Entrei e o médico que tinha um assistente também do quartel, me mandou tirar o uniforme. Quase morri de vergonha. Eu tinha onze anos, era uma mocinha! Fiquei lá, só de calcinha e com a camisetinha de jérsey que minha avó costurava pra mim, depois que notou que sua netinha preferida (cof cof cof) comecava a  se desenvolver na partes de cima e o jalequinho branco já estava muito tranparente. Subi na balanca. O assistent

Coisas a confessar

Certa vez, e nunca esqueco essa vez, numa discussao com uma das minhas  irmas, ela falou que eu a estava julgando. Claro que me virei do avesso ao ouvir isso e me defendi o quanto pude. Para com o passar do tempo, notar envergonhada, que minha irma tinha razao. Eu, a sempre bondosa Nininha, aquela que estava sempre disposta a sorrir e aceitar ser a bobinha da família e entre os amigos, tinha sim  meus grandes defeitos. Tenho meus preconceitos, faco mau juizo dos outros, já me fiz muito de vítima,  julgo quem eu acho ser inferior a mim. Confesso. Estou sempre me achando alguém superior.  Mas agora preciso também confessar o porquê. Por toda minha vida, fui criticada por mil coisinhas e coisonas. As pessoas foram meio malvadas comigo desde a tenra idade. E como eu sempre fui extremamente sensível, uma leve cara feia me fazia ficar muito mal e negativamente pensativa. Tinha toda a tendência do mundo a virar uma pessoa com autoestima muito baixa (e até já fui assim por um período), ma

Nao sou e nem quero ser feminista

Nao sou muito vaidosa, mas gosto muito de fazer as unhas dos pés. Na verdade, isso nao tem muito a ver com vaidade pra mim, mas com  bem estar. Gosto muito de receber cuidados nos pés, eles ficam tao limpinhos e leves depois... é bom né? Quando estive no Brasil, em julho e agosto, nem fui a salao, com excecao de uma tarde fazer as unhas (na Alemanha nunca vou a salao fazer unhas, nunca penso nisso e é caro demais). Mas e daí? Daí que lembrei que quando comecei a viver com meu marido, eu fazia as unhas dos pés dele. Compramos até uma daquelas vasilhas especiais pra colocar os pés de molho, que fazem massagem, soltam bolhas e tal. Fazia também os pés dos meus filhos. Sempre com uma boa massagem, feita com um bom creme no fim do servicinho. Eu gostava. Eram legais esses momentos pra mim, e eu queria fazer alguma coisa bacana para minha família, e como eu gosto que cuidem do meus pés, achava que as pessoas que eu amava também gostariam. E sim, elas amavam.  Entao u

E as coisas voltam ao normal...

Notinhas básicas: Fui colher frutos silvestres descalca no jardim de uma amiga e no meio da alegria de ter mais um belo dia de sol em finzinho do verao, uma companhia alegre e aquele monte de frutinhos maduros, uma abelha me picou o pé. A dor me fez quase pirar. Lembrei da primeira vez que fui picada por uma abelha. Estava na sala de entomologia da universidade, sentada num daqueles bancos altos, olhando num microscópio algumas células, quando senti uma dor feladamae . Levantei minha saia longa e muito velha e vi uma abelha saindo morimbunda de uma das minhas coxas. O efeito foi passando e achei tao legal quando passou que até pensei que nao doía tanto. Fiquei meio legal, sabe? Parecia que tinha tomado umas pingas... Mas dessa vez, uns vinte anos depois, descubro que talvez, a picada dói mais quando estamos mais velhos. Parecia que nao ia acabar nunca aquela dor terrível. E uma semana depois, sinto ainda coceira e inchaco no lugar da picada. Tive até que tomar cortisona e antialér