Entre Mãe e Filha

Eu gosto muito de falar o quanto eu amei a minha avó. Ela morreu há exatos trinta anos e ainda hoje, mora viva no meu coracao saudoso. Você que me acompanha sabe disso. Ela era meu amor. Mas há uma coisa que você nao sabe e da qual eu muito me envergonho.  Certas coisas acontecem comigo de forma muito rápida, no que diz respeito a aprendizagem para a vida. É muito comum eu passar por uma experiência hoje e amanha ou em algumas poucas horas, ser advertida pelo meu mal comportamento. Quer seja pela minha própria consciência ou pelo que acredito mais piamente hoje em dia, o toque de Deus na minha consciência.  Esse caso com minha avó é um desses exemplos, que a resposta veio muito rápida. * * *  Eu estava saindo da escola - tinha 12 anos- com uma das amigas que eu mais admirava. Ela era super bonita, inteligente e descolada. Era a garota que eu desejava ter sido naquela época. Tudo o que aquela menina falava parecia virar moda na escola, e tudo o que ela usava era diferente,

A primeira vez que ouvi, foi amor à primeira vista. Fui apresentada àquele idioma lindo através de uma querida professora. Marilene. Baixinha, cabelos pretos, tipo chanel, óculos arrendondados. Estava na sexta  série e naquela época, francês era matéria obrigatória. Eu adorava ir pra escola nos dias das aulas de francês. Amava ouvir as conjugacoes dos verbos, notar que conseguia aprender rapidamente, amava o jeitinho agradável e melodioso da pronúncia e principalmente, curtia muito ouvir as músicas que a prof. Marilene colocava pra ouvirmos. Alouette, gentille alouette... Tive os melhores amigos na escola nessa época e duas delas sao grandes amigas até hoje, minhas muito amadas Simone e Vanessa. Essa última, por sinal, filha de um francês. Nunca mais tive tempo de estudar meu idioma preferido, pois da sétima série em diante, só tínhamos aulas de inglês e com o tempo, só guardei em mim a boa lembranca da época que vestidinha de uniforme azul e branco, de sapatinho preto e m

Uma das coisas que admiro nos alemaes que vejo na ruas, é que muitos deles, andam com um leve e discreto sorriso nos lábios. Sempre achei isso bonito, e nao sei qual a razao deles fazerem isso. Ah, vai, nao ria da minha tolice. É uma observacao meio boba, eu sei. Tem tantas coisas que eu poderia notar nas pessoas nas ruas, mas é que essa característica eu gosto mesmo! Além disso venho de um lugar no Brasil onde o sol esquenta demais o humor e a vista do povo, deve ser por isso que quase nao vemos pessoas sorridentes perambulando por lá. E é claro também que nem todo mundo aqui é assim e que nem em todas as regioes do país vemos isso. Outro dia, porém, vi uma manchete num jornal da cidade aqui, falando que os semblantes estao mudando, as carinhas estao menos contente. Nao li toda a reportagem. Nao me interessa saber a razao.  Gosto de procurar ainda os sorridentes discretos e sempre os encontro. Bonito mesmo, é quando retribuem.  E quase sempre o fazem. É claro, geralmente, quem anda

Nao gosto de testemunhos em igrejas. Eles parecem ser como um novo produto no mercado onde se vende o que Deus pode oferecer. E aquele que testemunha, aumenta seu orgulho próprio.  Vangloriando-se a si  mesmo e nao a quem merece todo o louvor e mérito. Mas se um pequeno testemunho fizer  nem que seja uma alma confiar um pouco mais no Senhor, estou disposta a contar uma historinha hoje: * * * Quem me conhece aqui do blog sabe que sempre tive muitos problemas com meu filho adolescente. Se  nao sabe, basta olhar alguns posts anteriores pra ver a confusao que meu menino me tem feito viver. Ele é uma boa pessoa, de coracao bom, mas desde que entrou na puberdade, isso há uns seis anos, tem sido o responsável pela incrivelmente rápida evolucao dos meus cabelos brancos. Ele nunca fez realmente nada de grave, gracas a Deus, mas cometeu sim,  pequenos delitos como má educacao, enorme falta de respeito, gritos, muitas mentiras, faltas na escola, notas baixíssimas, desrespeito aos profess

Como se já nao bastasse os muitos dos meus defeitos que já conhecia muito bem, ontem ouvi mais alguns. Coloco aqui só pra nao esquecer o quanto sou uma pessoa muito, muito má: Sou extremamente agressiva; Penso que o mundo gira em torno do meu umbigo; Quero que todo mundo pense e seja como eu; Se nao obtenho o que quero fico pior do que já sou naturalmente; Nao sei ouvir um nao como resposta; Sou extremamente autoritária! Se você aí tiver algo a mais a acrescentar como defeito meu, use o formulário de comentário à vontade.  Tem bastante espaco lá e eu fico agradecida por conhecer melhor o grande monstro que sou. Porém cuidado, nao vai exagerar porque,nao esqueca:  sou um monstro vil e engolidor de cabecas!

Duas amigas me convenceram a abandonar meu preconceito contra e-books. Eu era uma ferrenha defensora dos livros e era totalmente contra ler de forma digital. Como posso ser burra às vezes... Totalmente in love com o kindle ;-) Obrigada Claudinha e Katita!

Eu acho que devo desculpas a meus poucos leitores, ando tao sumida, eu sei. A verdade é que nao tenho tido muita vontade de escrever aqui. Nao consigo pensar em nada engracado pra contar, nao ando atrás de novidades, nada me tira do sério, nada me atrai, nao estou com raiva de nada, nada me irrita...  enfim, nada pra contar aqui, sinto muito! Nao ando muito atenta às coisas a minha volta, sabe? Nao estou costurando (iihh mentira, estou sim, fiz ontem uma saia lindinha!), e ando cozinhando bastante. Nao ando ouvindo música, só leio alguns livros. De vez em quando vejo um filminho. Mas ando tao noutra, que nem sei... minha filha diria que ando zen e repetiria de uma forma mais autêntica e direta, o que pensa sobre mim desde que vivemos na Alemanha: mamae você encontrou seu nirvana!   Nao filha, eu diria, eu encontrei outra coisa muito mais preciosa que isso. Mas se nirvana for isso aqui, sim, encontrei o "meu". To descansada, desestressada, relaxada. Vivo como se fo

Ganhei muita coisa legal de natal, sabe? Mas o meu melhor presente foi um livro de... adivinha de que? De culinária! Claro. Pedi e ganhei exatamente ele. É um livro francês de receitas, de um cara muito fera da culinária francesa chamado Vicente Boué (e Hubert Delorme), que na verdade, tem mais do que receitas, é um livro que ensina a cozinhar. Nele posso aprender de coisas básicas, como cortar legumes usando essa ou aquela técnica, a massas maravilhosas e pratos lindos de viver. Já fiz algumas coisinhas, e até agora, gostei de tudo. Todas as receitas tem aulas sobre como fazer, "culinariamente" certo, aquele prato. To amando. Tem até um dvd dentro do livro pra melhor visualizar as aulas. Olha como ele é lindo, chique, pesado, enorme! Ando cozinhando cada vez mais. É um prazer fazer coisas novas todos os dias. Tem algumas vezes que aqui em casa, tem cada coisa deliciosa, que nem dá pra acreditar que eu, antigamente tao humilhadinha, tadinha,  quando cozinh

Tenho visto pessoas se alegrando com o fim de 2013. A grande maioria, como todo fim de ano, parece lembrar só as partes negativas do ano: " ai como esse ano foi horrível, já vai tarde 2013 ". É claro que há pessoas que realmente podem ter do que se queixar: muitas ficaram gravemente doentes esse ano, muitas perderam entes queridos, muitas tiveram o fim de bons relacionamentos, etc, mas a grande maioria reclama do ano apenas de barriga cheia e por gratuita insatisfacao. Ah que ilusao pensar que somente a passagem de ano garanta alguma coisa... Sei que isso tem um lado ilustrativo apenas, sei que vem da vontade de mudanca, da ideia de novas coisas surgindo. Uma impressao que gostamos de sentir e manter. Fiquei observando as pessoas reclamando do ano, quieta no meu canto. Sorria discretamente por dentro, grata por ter vivido esse ano de forma tao encantadora. Há muito tempo, eu nao tenho, gracas a Deus, do que reclamar da vida. Mas especialmente esse ano que passou, foi pra