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Mostrando postagens de março, 2014

Meu primeiro curso de culinária- Mein erster Kulinarischer Kurs

rosbife e alcachofra Outro dia fiz um daqueles cursos de um dia, de culinária francesa.  Foi tão bacana! O grupo era super simpático e isso fez com que as horas corressem de forma muito agradáveis. Aprendi um monte de dicas na cozinha e conheci pessoas super queridas.  O   curso   da Art Cousine,  foi na cidade de Münster, na Alemanha. É meio longe de onde moramos, mas como era perto da minha amiga Chris , aproveitamos para conhecê-la. A linda Münster  Münster é uma gracinha de cidade,  cheia de bicicletas como eu gosto e com padarias maravilhosas! E o curso foi ótimo!  Amei cada minuto passado lá. E você, quando surgir oportunidade de fazer um curso de culinária, faz! Os simpáticos chefs! Se você der sorte de encontrar um chef simpaticíssimo como o nosso Joachim, e sua ajudante Gudrun, e os outos participantes forem pessoas agradáveis como as que fizeram parte comigo desse curso, te dou minha palavra que você sairá de lá satisfeitíssimo com o qu

Quando me enganei com relacao a Deus

Quando eu era mais jovem e alguém vinha falar de Deus pra mim, tinha duas reacoes principais: uma era pensar que quando fosse mais velha, resolveria esse problema, a outra era um forte medo de ser crente. Eu tinha horror em pensar na seguinte cena: eu sofreria um acidente, ou qualquer coisa que me deixasse à beira da morte. Entao, naquele momento em que eu estivesse morrendo, já com os batimentos cardíacos diminuindo, vinha alguém perguntar se eu aceitava Jesus como meu salvador. Eu diria - claro que aceito, afinal, to à beira da morte, já vivi o que tinha que viver, já enchi a cara, já vomitei muito em bares, já fui a baladas, já namorei muito, já fiz o que quis, Deus nao vai mais atrapalhar minha vida.-  Aí tá. Pronto. Aceitei e tals. Passados alguns dias, alguma coisa acontece e nao morro. E agora? To ferrada! Disse que aceitava Jesus e nao morri. Putz! Por que disse aquilo? A verdade é que eu ligava Deus a obrigacao. Eu tinha pavor de ser crente. Paaaaavoooor! Acho que fiquei

Sala de estar

Eu nunca gostei muito da minha sala de estar. Gosto como arrumei todo o nosso apezinho, mas a sala nunca me agradou realmente. Esses dias, parei pra dar uma geral na bichinha, e sabe que eu até gostei? Tudo bem que às vezes ela me lembra o que sou, tipo assim, o samba do crioulo doido, como dizia minha mae, mas eu gosto de tudo misturado mesmo. Sei que exagero nas cores, mas nao rola comigo ficar numa de tom sobre tom. Nunca!  Nao tem jeito. Essa nao sou eu. Às vezes penso que seria legal economizar uma graninha pra pagar um decorador, mas sinceramente, eu acho que nunca vou fazer isso, primeiro porque é muito caro, e segundo, porque pagaria num dia e no outro, já estaria mudando tudo de novo de lugar, porque sou meio que coracao vagabundo,como dizem os alemaes :-) Mas vamos parar de papo. Quer ver a sala? Olha aí. E pode falar se nao gostar, e caso tenha uma ideia melhor pra mudar alguma coisa, fique à vontade para palpitar...  O bar é doideira do marido, faz de conta

Seja bem vinda primavera!

Deste inverno, pelo menos na regiao em que moro, nao podemos reclamar. Foi o inverno mais ameno que presenciei desde que moro na Alemanha, há quase 8 anos. Mas nada como receber a alegria que a primavera traz, com temperaturas acima de 17 graus, muito sol e flores. Algumas das primeiras flores que surgem nas ruas, nessa época:  E a maioria que surge vem assim de repente, sequer estao nos jardins, nao foram plantadas realmente, surgiram simplesmente, no meio de um campo meio sem vida ainda com o restinho do inverno...

No cangote de Deus

Nao sou mulher de dar beijinhos ao encontrar alguém. Nunca soube lidar bem com isso. Parece tao fresco! Nunca sei em que regiao do Brasil se dá um beijo, dois, três. Quando uma pessoa dá dois, a outra que dá três, fica com cara de tonta esperando o último beijo. Chato é também, quando se dá somente um (no meu caso, o melhor de todos) a outra que dá dois, beija o ar. Esquisito demais. Por isso gosto tanto de ver os alemaes, que nao dao beijos, dao abracos. Isso, obviamente, quando estao entre conhecidos. Quando nao, sempre se dao as maos. Mas eu, que sou uma pessoa extremamente expansiva e espontânea, abraco todo mundo. Percebi isso mais claramente nas últimas semanas. Outro dia fiz um curso de culinária, daqueles de um dia somente. Foi ótimo, qualquer dia conto aqui o que fizemos. Mas foi engracado por que no fim - éramos 10 pessoas -  eu, ao me despedir, abracei cada um deles, um por um. E eles entre si (todos alemaes) se deram as maos. Mesmo que tenhamos tido horas super agradáveis,

As bicicletas de Amsterdam

Nao vi streapers em ruas de luz vermelha, nem gente louca andando solta pelas ruas, mas fiquei enjoada ao passar em frente de muito lugar, por causa do cheiro de maconha. Sim! As ruas de Amsterdam fedem - ou pra quem gosta, cheiram -  a erva. Mas isso nao chega a ser um incômodo real, já que ninguém te incomoda. Se vacilar, eu vejo mais gente maluca aqui na minha micro cidadezinha do que na famosa cidade da maconha liberada. Mas consegui ver um pouco além dos clichês. Gente legal, com cara de descontraída. Gente arrumada, bem vestida, mas nunca, absolutamente nunca, gente vestida em exagero. Meninas bonitas, de cabelos curtos, óculos de sol modernos tipo anos 80´s, meias longas coloridas e brilhantes. Vi boinas e muitos xales, principalmente ponchos. Sapatos sempre baixos e All stars em todo pé. Casacos mais leves por causa dos dias bonitos e ensolarados. Vi muitos cachorros educados. Prédios bonitos mesmo que muitos deles, sejam tortos. Talvez daí venha a beleza deles. Vi ruas ent

A delicadeza é uma pessoa

Tem a pele de pêssego e os olhos lindos. O sorriso aberto, com dentes perfeitos. Os olhos sorriem, apesar de terem um leve toque de tristeza. Faz parte, eu acho, esse toque melancólico, quando se tem olhos cor de mel. Ela se movimenta como uma pluma. Parece nao andar exatamente. Pisa leve. É leve. Delicada e gentil como uma princesa. E eu quando a vi, a abracei tao apertado e nao queria mais largar, que acho que a deixei sem ar por uns segundos. Os cabelos combinam com os olhos e com a pele, na cor e na beleza. Ela é toda bonita. O falar combina com o andar. É quieto, tranquilo e suave. Parece pensar em cada palavra que fala. Diferente de mim, que nao penso muito. Tem uma mistura de razao com emocao que combina com ela. Toda macia, como a pele de Elise. Seu bebê de quatro meses. Que tem olhos azuis como os do pai, mas o nariz, ela me disse, é da mae. E também as caretas que Elise faz, nao pertencem somente a ela. Claro! Elise a faz ver o amor crescer a cada dia e ela se sente completa

Cinco países em um dia

Fazer compras num supermercado na Holanda; Almocar num restaurante na Bélgica; Encher o tanque do carro num posto em Luxemburgo; Cortar caminho pela Franca; Chegar em casa, que fica na Alemanha.   E tudo isso em menos de dez horas! Pra um estrangeiro que veio de um país continental como o Brasil, de uma regiao de onde só se sai com aviao e usando as longas estradas de rio,  isso até parece mentira...

Boas obras e nossa vida com Deus

Há algumas semanas decidi que queria fazer um trabalho voluntário. Comentei com meu marido e comecamos a fazer buscas. Gostaria de ajudar pessoas, mas nao queria ir para hospitais de criancas, porque sei que me sentiria muito mal ao ver aqueles pequenos doentes. Nem queria nada com jovens problemáticos. Os meus me bastam.  Pensei entao, em cuidar de velhinhos. Passei uma semana procurando, nada surgia e quando algo parecia interessante, nao era do meu agrado. Voluntariosa essa aspirante a voluntária... Tinha até uns "jobs" onde se ganhava um dinheirinho, mas eu nao estava querendo ganhar dinheiro, queria fazer uma boa obra, sacas? Fiquei chateada porque já havia passado uma semana e nao havia encontrado ainda um lugar pra fazer meu trabalhinho voluntário. Se eu estivesse em Manaus essa procura nao duraria nem um dia! Mas aqui é tudo mais complicado. Entao chegaram dias tristinhos. Eu estava tao cabisbaixa que nem com Deus estava falando direito. Só fazia olhar pro céu,