Popopopóóó... Lá vai o barco, descendo o rio. Deixando às margens, o banzeiro a encostar na areia. A criança cansada do dia e queimada de sol, encosta o queixo na borda de madeira lascada, da popa do barco. Fica olhando o movimento que o motor vai formando na água, atrás dele. Parece guaraná gelado, sendo servido num grande copo. A menina olha a água como que enfeitiçada, querendo entender como ela pode ter aquela cor. Ao redor dela, o verde da floresta, as palmeiras, e as grandes e soberbas, Castanheiras do Brasil. As rainhas da floresta! Tão imponentes, dentro daquele verde esplendoroso das matas. Não sabe explicar, mas aquelas árvores lembram a beleza de sua mãe. Bonita, grande, formosa, que chama tanto a atenção. Antes de subir no barco, tomava banho com as primas no igarapé de águas geladas, ouvia o canto dos pássaros ao longe, e ele ainda entoa no seu lembrar. Não sabe dizer o nome de nenhum deles, mas sabe que eles estão ali nas copas das árvores. A avó brinca de assobiar